dezembro 18, 2020
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Porém, se quisermos atingir essa meta, precisamos ir além e mudar o que comemos, quanto comemos, quanto é desperdiçado e a forma como os alimentos são produzidos até 2050. Embora a redução das emissões de combustíveis fósseis seja essencial para o cumprimento dessa meta, ela não será suficiente, pois outras fontes de emissões também podem impedir sua realização. Mesmo que as emissões de combustíveis fósseis fossem imediatamente interrompidas, as tendências atuais do sistema alimentar global impediriam o cumprimento da meta de 1,5°C e, até o final do século, ameaçariam o cumprimento da meta de 2°C.
É o que diz um novo estudo conduzido pela Universidade de Oxford, publicado pela revista Science, que enfatiza a importância de uma mudança alimentar para dietas predominantemente baseada em vegetais como ferramenta essencial para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Isso porque as emissões da indústria de alimentos tornarão impossível limitar o aquecimento global a 1,5°C ou até 2°C, caso nada seja mudado.
De acordo com os pesquisadores, alcançar a meta de 1,5°C requer mudanças rápidas e ambiciosas nos sistemas alimentares, bem como em todos os setores não alimentares. E se continuarmos com as tendências atuais, as emissões dos sistemas alimentares podem ultrapassar a meta de 1,5°C em 30-45 anos. A meta de 2°C poderia ser alcançada com mudanças menos ambiciosas nos sistemas alimentares, mas apenas se os combustíveis fósseis e outras emissões não alimentares fossem eliminadas em breve. E, ainda, ressaltam que uma mudança para dietas predominantemente baseadas em vegetais não só beneficiaria o planeta, reduzindo a poluição, escassez da água e perda de biodiversidade, mas beneficiaria a saúde da população e auxiliaria no combate às doenças crônicas como diabetes e doenças cardiovasculares.
No entanto, a pesquisa deixa bem claro que a mudança pode não ser direta, pois a redução das emissões de gases de efeito estufa tanto dentro dos sistemas alimentares quanto fora exigirá uma ação coordenada, envolvendo vários setores e governos nacionais. Sendo um grande desafio global encontrar e a implementar políticas viáveis, éticas e equitativas, que sejam adaptáveis às necessidades e costumes dos diferentes países e das comunidades dentro deles.
Referência
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