É possível observar que alguns alimentos fornecem quantidades bastante significativas de cálcio, mas que outros oferecem pouco cálcio realmente disponível, como é o caso do espinafre. Assim, será mais ou menos fácil obter todo o cálcio necessário conforme as preferências de cada pessoa. As bebidas vegetais enriquecidas são grandes auxiliares na obtenção do cálcio por parte daqueles que não consomem leite e derivados, e como último recurso ainda é possível complementar a ingestão através da suplementação.
A avaliação do estado nutricional de cálcio no organismo é complexa e deve ser feita por um profissional competente, capaz de interpretar de forma conjunta os dados de diferentes exames (densitometria óssea, PTH, cálcio sanguíneo, cálcio urinário de 24 horas e outros). A suplementação sem critérios de cálcio é perigosa, pois aumenta o risco de calcificação renal e doenças arteriais, mas é bem-vinda quando, de fato, se verificar uma baixa ingestão deste mineral na dieta.
É preciso lembrar, ainda, que a prática regular de exercícios físicos é fundamental para a boa saúde óssea, bem como uma adequada exposição, uma vez que níveis ótimos de vitamina D promovem uma maior absorção de cálcio no intestino e maior reabsorção nos rins. Por outro lado, o consumo excessivo de sódio (cuidado com os alimentos ultraprocessados) aumenta a excreção de cálcio pelo organismo e o hábito de ingerir bebidas alcoólicas e fumar aumenta o risco de desenvolvimento de osteoporose.
Assim, fica evidente que uma alimentação baseada em vegetais é capaz fornecer cálcio suficiente para suprir as necessidades do organismo, desde que se priorize suas fontes mais ricas e biodisponíveis. Os leites vegetais (de soja, amêndoas, castanhas e outros) enriquecidos são grandes aliados no dia a dia e a suplementação com cálcio só deve ser feita mediante orientação de um profissional.
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Um forte abraço e bons treinos. Comam seus vegetais!
Filipe.